quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Estar só ou não...

Hoje em dia nós, mulheres modernas e independentes, cada dia repetimos mais a frase "Antes só do que mal acompanhada". Ok, de forma consciente concordo plenamente com ela. Mas quantas de nós, nos momentos tristes, em que a carencia nos faz devorar uma barra de chocolate, lembramos da música de Erasmo Carlos "Antes mal acompanhada do que só...". O fato é que queremos um relacionamento com qualidade, com profundidade, mas um carinho não faz mal a ninguem e confessar que precisamos disso também não. Afinal, confessar nossas fragilidades de vez em quando não nos tornará menos independentes, poderosas e decididas, não acham?

5 comentários:

  1. Não gosto de confessar minhas fragilidades, principalmente para os homens, prefiro que eles descubram quando me conhecerem melhor, se não tiverem tempo para isto que continuem me achando decidida e poderosa. Enquanto isto vou sonhando ser salva do dragão.rs...

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  2. Eu nunca fico ou fiquei sozinha, tenho necessidade de estar com alguém, receber caricias e elogios... E não tenho nenhum problema com isso! Continuo sendo independente, decidida, saindo para me divertir com as amigas né kk ...

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  4. Eu adoro ficar sozinha, mas também acho muito bom ter alguém para dividir as coisas da vida, trocar carinhos, compartilhar...Agora para mim, o pior tipo de solidão é aquela que mesmo quando estamos ao redor de várias pessoas, nos sentimos completamente sós e desamparados. É aquela sensação de não pertencer ao mundo, de se sentir esquecido...enfim como diz a música...a solidão é fera a solidão devora...

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  5. Eu, enquanto uma mulher moderna, independente e poderosa também adoro uma barra de chocolate!

    Acontece que a procura por companhia, chocolate e "unhas de cores vibrantes" vem muitas vezes não como opção, mas como sintomas. Sintomas do que nos falta. Paz interior.

    Quando estamos de bem com a gente mesmo nós temos paz. Dispensamos saídas para ficar acompanhados de nós mesmos. Viajamos na nossa própria solitude, curtimos cada momento de solidão. Lemos um bom livro, vemos um filme ao acaso, tomamos um copo de vinho. E está tudo bem.

    O que nos faz estar mal? Muitas coisas. Todos nós, consciente ou inconscientemente, vivemos em pânico por causa do mundo lá fora. Queremo voltar pra barrida da mamãe. Queremos colo e carinho. Queremos a eternidade, a serenidade e a segurança de uma bolsa d'água.

    Sexo e beijo na boca. Abraços e lágrimas compartilhadas. Papo furado e muita risada.
    Amantes. Amigas. Conhecidas. Diferentes redes de proteção.

    Queremos formar família porque família é tribo. Novos parentes que substituem aqueles que o tempo levará ou que já levou. Um cheque em branco para o futuro. "Alguéns" para nos cuidar. "Alguéns" para se lembrar de nós. "Alguéns" que se importem na doença e na alegria.

    Acho que essa é a fragilidade fundamental do homem e da mulher. É o medo da vida. É a consciência da nossa finitude e da finitude de todos aqueles que queremos tanto bem.

    Pudera nos sentirmos assim num mundo onde cada vez mais o consumismo substitui a reflexão, onde cada vez mais valorizamos o agora e ignoramos o futuro, onde cada vez mais beleza e dinheiro valem mais que profundidade e sabedoria.

    Proponha a terapia: mergulharmos em nós mesmos.
    Talvez seja a cura. Mas essa viagem dá um medo danado!

    Parabéns pelo blog, Cátia. Estou MUITO orgulhoso de você!

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