sábado, 3 de dezembro de 2011

Eis a questão!

Algumas pessoas trocam a vida afetiva pelo trabalho. Nem sempre são sozinhas... podem estar casadas ou namorando, mas o relacionamento sério mesmo é com a profissão. Nada em exagero pode ser considerado positivo, mas o que ainda me preocupa mais é como, nesses casos de amor com o poder, as pessoas normalmente esquecem de como realmente são. De quem são. Quantas vezes vocês não viram alguem se apresentando: "Oi, sou Fulano, gerente da empresa X". Ok,  Fulano ele não vai deixar de ser, mas gerente da empresa X vira seu sobrenome. Ele não é gerente, ele está gerente. Amanha pode não ser mais. E não é diferente nos relacionamentos. Eu sou a esposa do Fulano. Se esse casamento acaba, e ela era simplesmente a esposa de alguem, o que ela será agora? Não é raro encontrar no consultório, e na vida, alguem que perdeu o emprego, terminou um relacionamento, e não sabe como se posicionar, não sabe mais quem é, ou que fazer, como se tivesse perdido o chão. Nossa identidade é um bem precioso, a ser agregado, não substituido. Será que sabemos quem somos? Sempre achei muito dificil alguem falar de si mesmo. Acabamos caindo no que fazemos, nos atributos fisicos, mas o que realmente somos? É uma combinação disso tudo? Se eu engordar, deixo de ser quem eu era antes? Acabo caindo na mais clichê de todas as frases... "Ser ou nao ser: eis a questão!"

3 comentários:

  1. É isso mesmo, assim como num par um não pode sufocar o outro, cada um tem que manter um equilíbrio entre os 4 aspectos (shi ... Matthew Kelly de novo): intelectual, físico,profissional e emocional.

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  2. É verdade! Saber quem somos e que a nossa identidade deve ser preservada SEMPRE é fundamental para o sucesso de qualquer relacionamento, seja ele afetivo ou com nosso trabalho. Há um livro belíssimo do Pe. Fábio de Melo que fala sobre isso: "Resgate da subjetividade". Suas reflexões muito me ajudaram no decorrer da vida...

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  3. Acredito que quem somos é uma associação do como estamos com nossos traços de personalidade, mas o que eu sou hoje não necessariamente serei amanhã, estamos em constante transformação e acredito que para termos um relacionamento tranquilo e equilibrado temos que aceitar, em nós mesmos e no outro, tais mudanças. Ter jogo de cintura.

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