quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Ano cinco

Um amigo meu, numerólogo, me disse que 2012 é o ano cinco. Quando perguntei o que isso queria dizer ele me explicou que, segundo a numerologia, cinco é o número do movimento, dos acontecimentos, ou seja, um ano onde mesmo que se queira ficar paradinho, as coisas surgem. Ainda estamos no início do ano (que começa mesmo depois do Carnaval), mas já pensei várias vezes nessa colocação numérica. Todos sabemos que a estagnação mão é uma coisa boa e que ela anda de mãos dadas, ali, coladinha, com a acomodação. Acomodar-se é congelar idéias, desprezar vontades e arrumar desculpas para não sair do lugar. Por favor, não entendam que com isso estou cultuando a volubilidade desenfreada, ou dizendo que precisamos mudar de emprego, de relacionamento, de país. É possível sim não acomodar-se estando no mesmo emprego, no mesmo relacionamento, na mesma casa. Mude um móvel de lugar, explore uma nova idéia, ou uma antiga, que você nunca deixou emergir. Surpreenda-se . Isso, a você! Muitas vezes pensamos tanto no outro, nos preocupamos tanto em agradar o outro com medo da solidão, que esquecemos de nós. Não sabemos mais do que gostamos, o que queremos. O comodismo muitas vezes nos coloca em uma roda que simplesmente gira, o mesmo despertar, a mesma xícara pro café, o mesmo trajeto. Inove! Acredito que, como eu, você ficará embevecido com a diversidade que nos é oferecida diariamente.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Medo de ser feliz!

Nessas últimas semanas me deparei com várias situações que me fizeram questionar:
Por que algumas pessoas tem tanto medo da felicidade? Mantém por anos situações de desconforto, infelicidade, solidão por puro medo dessa tal felicidade. Medo de amar e pavor, pânico de ser amada.
Muitos podem estar lendo isso e pensando "Essa mulher enlouqueceu. Como assim medo de ser amado?". Entendo que possa parecer incoerente, mas não é. Temos medo de amar e não sermos amados. Se somos amados, continuamos com medo, agora de perder. É mais seguro nem experimentar, quem não experimenta a sensação de ser amado não corre riscos, certo? Por isso a cada dia vemos mais pessoas solitárias. Solitárias, não sozinhas. Pode não parecer, mas são coisas diferentes sim. Nossos momentos sozinhos podem ser momentos deliciosamente gratificantes. Já a solidão vem carregada desse medo.
A solidão mais intensa, surpreendentemente, não é a daquele cara caladão, de poucos amigos. Ela tem aparecido em pessoas com convívio social intenso, com família, casadas, etc. Não é a presença de uma outra pessoa que faz toda a diferença, mas a qualidade dessa relação. Quem nunca viu uma família, um casal, ou até um grupo de amigos sentados em um restaurante, onde nenhum deles parece realmente estar ali.A Análise Transacional exemplifica muito bem esse caso. Baseada nas experiências anteriores e na posição existencial as conclusões tiradas podem levar ao culto da solidão.
- "Se alguém me conhecer mais a fundo não vai me aguentar, não mereço ser amada. Melhor me conformar" - Eu não estou OK, você está OK.
- "Ninguém vai conseguir me amar do jeito que mereço" - Eu estou OK, você não está OK.
- "Desisto. Ninguém valoriza meu amor e não me ama do jeito que sou" - Eu não estou OK, você não está OK.
Nossa única esperança está na busca pela quarta posição existencial (Eu estou OK, você está OK) e arriscar, viver, tentar e principalmente se permitir. Se permitir amar, se permitir ser amada. Não deu? OK, vida que segue. Afinal, adianta chegar no ponto final sem aproveitar a viagem?