domingo, 27 de maio de 2012

Começar e recomeçar

Já passei, como quase todo mundo, por momentos bons e outros nem tão bons assim. Sempre disse pra minha mãe nesses momentos, que uma hora daria certo e que eu ia morrer tentando. Claro que nem sempre estive tão otimista, mas a verdade é que sou boa pra esquecer momentos ruins e achar que tudo vai dar certo de novo. E ai, quando já estamos quase nos acostumando com a nova situação, pensando até que foi o melhor que poderia ter acontecido, aparece alguém que faz seu coração perder o ritmo de novo. O problema é que já conhecemos história parecida. Como driblar o medo? Como optar pelo risco de tentar novamente? É difícil, concordo. Mas se é para não mais arriscar, qual o objetivo? Arriscamos na escolha da roupa pela manhã, na escolha do trajeto...por que não na escolha de aceitar um novo amor. Pode não dar certo, claro, mas e se der? Será que esse não pode ser, na verdade, nosso maior medo? A luta, os problemas, já tiramos de letra, mas quantos conseguem aproveitar um momento feliz? Não sabemos quanto vai durar, e dai? Não sei nem quanto eu vou durar. Integre o adulto, equilibre o pai, mas porque não deixar a nossa criança aproveitar?

2 comentários:

  1. Acho que não arriscamos por medo de nos magoarmos novamente, mas esquecemos que ser magoado faz parte de qualquer relacionamento. O que não "rola" é permitir que o outro nos magoe o tempo inteiro, é fundamental entrar em contato com essa raiva, com essa dor e expor ao outro o que aconteceu. Colocar o limte dizendo que essa situação não irá se repetir, entender que existem ganhos dentro das perdas. Arrisque, confie, ou simplesmente, ame.

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  2. Acho que a princípio todos que desejam merecem ser felizes com alguém, mas por uma questão de justiça, aqueles que procuram isso de fato, correm riscos, abrem mão de algumas comodidades pessoais e liberdades e encaram o desafio de dividir o mesmo teto com alguém acreditando que pode dar certo, ainda que no fundo as duas partes estejam morrendo de medo de estarem enganadas, essas sim, já mereciam alguns anos de felicidade juntas como bônus – e se além de amor e desejo houver respeito e tolerância de ambas as partes, pode ser pra vida toda. É como diz uma frase até um pouco óbvia, mas certeira – “Não venci todas as vezes que lutei, mas perdi todas as vezes que deixei de lutar”.

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