terça-feira, 29 de novembro de 2011

Vitrine Virtual

Hoje em dia cada vez trabalhamos mais, passamos mais horas no transito e temos menos tempo disponível para o lazer. Não é uma lamuria, mas confesso, e conheço muitas amigas que tem o mesmo sentimento, que ao pensar que, para sair, preciso escolher uma roupa, me arrumar, pegar o carro, dirigir, arrumar um lugar para estacionar (ufa!), tudo isso normalmente depois de uma semana puxada, dá uma certa preguiça. Além disso, é dificil conhecer alguem interessante nessas saídas noturnas. Eis que surge então uma moderna e mágica solução: Os sites de relacionamento. Admito que ao pensar nisso me sinto um pouco como aquelas mulheres de Amsterdam, em exposição constante em uma vitrine. A frase de apresentação então, é quase um slogan para "vender" a sua imagem. Olhem como sou legal! Venham me conhecer... não é esquisito?! Sei que existem inúmeros casos de sucesso. Uma amiga minha, catedrática no assunto, montou quase um manual... como fugir dos psicopatas, tarados e lunáticos desses sites. São dicas práticas, e bem funcionais. Mas será que esse é mesmo o caminho? Não sou contra a internet, muito pelo contrário. Enxergo inúmeras vantagens e utilizo algumas para ficar mais proxima da minha filha, por exemplo. Sem substituir pelo contato real, a internet pode ser uma grande aliada. Mas a idéia de me "expor" em um site desses me causa um arrepio na espinha, quase como pendurar uma placa de "Disponível" no pescoço. Resquicios de uma cultura romantica onde a mulher era "cortejada" pelo homem. Passado distante, certo? Bom, quem sabe não é hora de experimentar...

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Não sou feliz, mas tenho marido...

Quem já viu essa peça, com a fantástica Zezé Polessa, além de ter se divertido muito provavelmente saiu do teatro pensando em quantos casais felizes realmente conhece. Isso sem considerar aquele casal que você achava lindo, perfeito, até receber a noticia... "Como assim eles estão se separando?!" É gente, relacionamento não é fácil. Mas por que ainda persiste essa idéia de que as mulheres felizes são as mulheres casadas? Não que isso não seja possível, mas daí a ser a ÚNICA possibilidade há uma grande diferença. O pior é que, muitas vezes, acabamos caindo na cilada dessa crença, e nos sujeitamos a relacionamentos com pessoas que "sabemos" que não tem nada a ver conosco. Gastamos então uma energia tremenda arrumando desculpas para nós mesmas " Ah, mas ele é tão bonzinho!" " Ele tem um bom coração" "Mas ele me chama de princesa", e etc, etc. Me pergunto por que tentamos tanto nos enganar assim. E o pior, essa tentativa de relacionamento não vai dar certo, claro. E ai, nós nos sentimos piores, pensando: " Caramba, mas nem com esse cara... devo ser muito ruim mesmo...". Sabotagem, da mais pura! E ai a Analise Transacional entra para nos ajudar. Na AT falamos em Posição Existencial. Existem quatro Posições Existenciais: Eu estou Ok e Você está OK (a mais saudavel), Eu estou OK e Você não está OK, Eu não estou OK e Você está OK, e Eu não estou OK e você não está OK. Acho que vale pensar... em que PE estamos quando aceitamos um relacionamento Não OK apenas para aplacarmos a solidão? Em que PE estamos quando tentamos iniciar um relacionamento fadado ao fracasso, declaradamente, apenas para tentar amenizar a solidão. Não seria mais fácil vivê-la? Esse tipo de relacionamento tem o mesmo efeito que tentar acabar com uma dor de cabeça entupindo-se de analgésicos e continuar batendo a cabeça na parede, não acham? Espero suas opiniões....

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Solidão ou Solitude

Não, esse blog não é para mulheres solitárias, amargas, tristes e sozinhas... Quantos pessoas, homens e mulheres, vivendo um relacionamento sério (casamento, namoro, ou algo assim) sentem-se sozinhas. Quantos vivem na "linha reta" quando gostariam de estar "despencando da montanha". Quantos ainda sonham (e dificilmente confessam) com um relacionamento "magico", onde o principe chega em um cavalo branco e elas se casam de coroa, e véu, felizes para sempre! Parece piada, eu sei. Mas por que? Temos que nos contentar em termos um socio que divide as contas, as viagens, o quarto, e viver uma vida paralela? No mundo do eu, o nós está cada vez mais escasso. Essa é a proposta do blog, resgatar o nós e discutir os motivos de vivermos cercados de gente e sozinhos no meio da multidão.

Estar só ou não...

Hoje em dia nós, mulheres modernas e independentes, cada dia repetimos mais a frase "Antes só do que mal acompanhada". Ok, de forma consciente concordo plenamente com ela. Mas quantas de nós, nos momentos tristes, em que a carencia nos faz devorar uma barra de chocolate, lembramos da música de Erasmo Carlos "Antes mal acompanhada do que só...". O fato é que queremos um relacionamento com qualidade, com profundidade, mas um carinho não faz mal a ninguem e confessar que precisamos disso também não. Afinal, confessar nossas fragilidades de vez em quando não nos tornará menos independentes, poderosas e decididas, não acham?