quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Finitude

Sei que é um pouco atípico, mas não gosto de novelas. Aliás, não gosto nem um pouquinho. Mas as vezes não tem como fugir. Ontem a noite estava eu em um salão de beleza é, é claro, não poderia estar passando outra coisa. E ai de mim se eu pedisse para mudar, né? Seria atacada por várias chapinhas voadoras. E não é que valeu a pena? Por uma única frase... "As palavras nunca e sempre só deveriam ser usadas em contos de fadas. " Essa foi a única frase que ouvi, e foi o suficiente para meus pensamentos rodarem... Quem nunca ouviu juras de amor "Vou te amar para sempre" ou profanou "Nunca mais falo com ele novamente". Mentiras! Puras mentiras. Na hora podem ser as palavras mais verdadeiras, e muitas vezes trazem alento, carinho e segurança. Mas, desculpem por acabar com mais esse romantismo, uma hora elas viram mentira. Vale a pena? Acho que sim. O que essas palavras na verdade me trazem é o conceito de finitude, e como corremos dele. Por que temos tanto medo de vislumbrar o fim das coisas? Não, não sou nem um pouco pessimista. Pelo contrário. Basta falar em fim para pensamentos amargos saltitarem, mas me dêem um exemplo de algo que não acaba. Não seria o fim apenas uma oportunidade para começar novamente?